Reportagem do evento S.Day 2021 na revista T&G [PDF]
A SISTRADE organizou, na tarde de 15 de julho, no Sheraton Porto Hotel & Spa, um conjunto de sessões técnicas dedicado ao tema “Transformação Digital e o Futuro das Empresas”. Neste evento, com dezenas de convidados, entre clientes e parceiros da SISTRADE, foi apresentado o que a empresa tem atualmente para oferecer ao mercado ao nível da transformação digital, bem como alguns dados importantes sobre o impacto que a mesma transformação digital pode ter no sucesso das empresas nacionais.
Coube a Hélder Martins, Printing & Packaging Manager da SISTRADE, abrir esta jornada, com uma palestra sobre “Soluções Sistrade com milhares de utilizadores espalhados por 30 países”, onde traçou, desde a fundação da SISTRADE, no Porto e no ano de 2000, até ao presente, as suas principais e mais importantes etapas. Rita Silva, da ANI – Agência Nacional de Inovação, abordou o tema “Próximas oportunidades: Cluster Eureka / Programa Eurostars e Sifide”.
“Qualificação interna e internacionalização na SISTRADE nestes últimos 10 anos e perspetivas para os próximos anos” foi o tema abordado pelo CEO da SISTRADE, Sousa Ribeiro, onde apontou, quanto ao futuro, “os grandes desafios que se apresentam à SISTRADE, desafios que envolvem diretamente os seus colaboradores e a inovação como driver permanente de desenvolvimento e competitividade, sem esquecer o mercado global que está à nossa espera”. Já João Mourinho, Innovation Manager da SISTRADE, dedicou a sua apresentação à “Inovação Sistrade: trabalhos realizados e perspetivas futuras”. Na sua perspetiva, a inovação assenta na participação regular da SISTRADE “em projetos de investigação com instituições do Sistema Tecnológico e Científico Nacional (STCN)”.
Do GECAD – Grupo de Investigação em Engenharia e Computação Inteligente para a Inovação e o Desenvolvimento, esteve presente Goreti Marreiros, Professora e investigadora do ISEP/IPP, que deu a conhecer os “Projetos em parceria com empresas”. Pedro Rocha, CEO da Produtech, trouxe, pelo seu lado, algumas reflexões sobre “A perspetiva e iniciativas do Cluster das tecnologias de produção”.
“Transformação digital e a oferta global da SISTRADE” foi o tema da palestra de Francisco Leiras, Digital Transformation Manager da SISTRADE. A importância da transformação digital mede-se, no seu entender, por “uma melhoria no processo de tomada de decisão, pela expansão do mercado, pela otimização dos processos organizacionais, pelo aumento e fidelização dos clientes e por um aumento de eficiência operacional”. As sessões técnicas deste dia encerraram com a intervenção de José Carlos Caldeira, ex-Presidente da ANI e Administrador do INESC TEC, que refletiu sobre “Transformação digital: Oportunidades para a indústria”.
No final destas Jornadas Técnicas, a T&G ouviu os técnicos da SISTRADE que integraram as 19 tabletops, a fim de percebermos os vários projetos atualmente desenvolvidos pela empresa.
Catarina Gomes apresentou-nos a solução Gestão de Talento de Recursos Humanos, salientando que “neste momento esta aplicação consegue fazer uma avaliação 360º do tempo do colaborador. É também possível criar planos de ação e, no final, avaliar os resultados que o colaborador obteve. Esta avaliação de desempenho apresenta igualmente os conhecimentos atuais dos colaboradores e aponta para o futuro, isto é, para onde pretendem evoluir para que se sintam bem na empresa”.
Para Bernardo Branquinho, o suporte técnico a clientes, do software CRM Sistrade, divide-se em duas situações temporais, o pre-sale e o pos-sale: “Relativamente ao pre-sale é possível, a partir do calendário Sistrade, criar um evento ou uma tarefa e gerar uma interação com um cliente ou uma entidade e, nesse sentido, criar uma oportunidade de venda que posteriormente produz um orçamento que seguirá o fluxo lógico do sistema. Quanto ao pos-sale podemos referenciar os questionários de satisfação a enviar por e-mail para os clientes a fim de se verificar o seu grau de satisfação. Caso haja alguma reclamação, esta será analisada e, consumando-se a mesma, abre-se, neste sentido, um processo de não-conformidade”.
Mário Martins referiu, pelo seu lado, que o “sistema de Gestão de Inovação permite às empresas recolher várias ideias dos seus utilizadores. O processo passa por fazer o registo de uma ideia que vai ser classificada posteriormente pelos utilizadores e avaliada por um grupo de pessoas que decide se será uma ideia benéfica para a empresa ou não.”.
Pedro Santos deu-nos a conhecer a plataforma Gestão de Projetos que “assenta, sobretudo, na interação do estudo do projeto com o sistema, em que o seu gestor reflete o planeamento, reflete a equipa envolvida e o cronograma com todo o ciclo de vida e revisões que possam ser necessárias durante a sua prossecução. Esta é ainda uma plataforma que efetua a analítica pretendida, analisa o custeio envolvente ao projeto, nomeadamente se estamos dentro dos objetivos estabelecidos sobre prazos e custos.”.
O Sistema de Rastreabilidade do Processo de Desenvolvimento de software surge, segundo Sérgio Gomes, “quando um cliente tem uma ideia ou um requisito para implementar e disponibilizar posteriormente numa versão a instalar nesse mesmo cliente. Para isso este processo é rastreável do início até ao fim. Deste modo, temos a avaliação do desempenho por parte dos programadores da SISTRADE e por parte de quem especifica a atividade que são os gestores do produto. É ainda disponibilizada uma plataforma em que os potenciais clientes podem adquirir módulos para as suas empresas, podendo efetuar o pagamento por meios eletrónicos, onde se faz o chamado e-commerce”.
Obada Khattab apresentou o software para a indústria da Impressão de Etiquetas o qual diz respeito aos “processos dos vários tipos de etiquetas, autoadesivas, ou seja, vários tipos de produtos que podem ser introduzidos no sistema. Com base nisto é possível executar um orçamento que conterá alguns dados técnicos do produto, bem como descrever como é feito cada produto e quais as suas fases principais.
Já João Pereira focou-se no software para Embalagens Flexíveis que “consegue, desde logo, controlar os processos da embalagem, a partir do orçamento até à ordem de fabrico e com o apoio das fichas técnicas, ou seja, no orçamento conseguimos custear e definir um processo para o produto acabado. Nesse processo temos várias opções e podemos combinar várias possibilidades, bem como definir o melhor preço ao cliente e o melhor processo para a empresa no envio do orçamento”.
António Peixoto falou-nos sobre a Gestão da Qualidade, a Plataforma de Comercialização e Utilização SaaS Cloud, o Web2Print e o Sistema de Gestão de Pagamentos Online: “O Sistrade software possui um sistema de Gestão da Qualidade que permite controlar o produto em curso, assim como o produto final. Pelo seu lado; a Plataforma de Comercialização e Utilização SaaS Cloud disponibiliza um catálogo de produtos em regime de comercialização eletrónica – Software as a Service (SaaS) – através da internet, com alojamento na Cloud, planos de comercialização com matrizes de produto, gestão de meios de pagamento tais como cartões de crédito e Paypal. Por sua vez, o Web2Print tem a grande vantagem de ter interligação com o que os traders querem, como encomendas, ordens de fabrico ou faturas geradas. Esta plataforma também se distingue por proporcionar várias formas de pagamento.
Francisco Leiras expôs o que é o software MES (Manufacturing Execution System), um “sistema de gestão industrial que é a principal ferramenta de software ou solução tecnológica de apoio à chamada transformação digital. Para atingir o caminho da transformação digital existe uma série de soluções, sendo o MES a principal solução da SISTRADE para atingir esse caminho.”.
O Business Intelligence é, para Porfírio Fernandes, “a parte em que pegamos nos dados produzidos nos outros módulos e os transformamos consoante certas regras, carregando esses dados para as páginas web, onde o utilizador pode escolher o que quer filtrar e cruzar esses dados”.
Vanessa Fernandes falou-nos sobre o Inventário Permanente – Gestão de Stocks: “Trata-se de um módulo que nos dá conta da importância da gestão da conta-corrente de artigos e do inventário permanente, ferramentas cada vez mais fundamentais para as empresas, assim como o método de custeio e valorização, quer de matéria-prima, quer de semi-fabricado e produto acabado. O resultado final será a análise das contas-correntes no inventário permanente e a comunicação desses mesmos stocks à Autoridade Tributária”.
Sobre o Smart WMS (Warehouse Management System), João Nascimento indicou tratar-se de uma solução “para dispositivos móveis. Temos processos de entrada e saída de material feitos pelo utilizador do armazém de modo a agilizar e a simplificar todos os processos em causa. Temos também a integração em armazéns automáticos e até funcionalidades de armazéns inteligentes e, associado a estes processos, temos os critérios personalizáveis por parte do cliente que tornam o armazém inteligente como sugestão de localização na receção do material”.
Para Fábio Coelho, o Scheduling, módulo do ERP Sistrade, efetua “todo o planeamento de produção, desde a aprovação do trabalho e da ordem de fabrico até chegar à parte da recolha onde é efetivamente produzido. Vamos ter em conta todas as dependências que aqui existem, desde os stocks, capacidades das máquinas, dos operadores, etc., e, com isso, apresentar um resultado real, para que as empresas consigam ter um planeamento fidedigno”.
João Mourinho começou por nos apresentar a plataforma Inpresso (Intelligent Press Objects) cujo objetivo é, nas suas palavras, “a customização em massa do produto por parte do cliente, neste caso o livro que é, de forma colaborativa, criado em equipa, sendo definidos, posteriormente, os seus próprios acabamentos, características etc., de modo a adicionar conteúdo digital e torná-lo “mais inteligente”, oferecendo-lhe uma nova vida”. Já o Cyberfactory é, para João Mourinho, “um processo que visa sobretudo a digitalização da indústria em duas vertentes: na parte da segurança e na parte da eficiência”. Um outro projeto, Pianism, está “todo dedicado à otimização da manutenção de equipamentos. O seu objetivo é desenvolver um sistema que preveja, com base na inteligência artificial, se a máquina vai falhar”. O projeto SPEAR vem, entretanto, “no seguimento de uma dinâmica da sustentabilidade e visa a otimização do consumo energético em ambiente industrial”. Por último, o Produ[t]ech SIF representa, ainda segundo João Mourinho, “nos últimos anos, um dos grandes projetos estruturantes da indústria a nível nacional, pois envolve um conjunto de 42 entidades, pelo que estamos a falar de uma eficiência coletiva, no sentido de desenvolver um conjunto de tecnologias com aplicação prática à questão industrial”.